segunda-feira, 11 de maio de 2020

Primeira Etapa: Oviedo - Grado



Primeira Etapa
10/7/2019 - Oviedo a Grado - 26 km
Parti de Oviedo, por volta 7:40, depois do café da manha. No bar do hotel, observei uns peregrinos, que depois soube, eram italianos, pai e filho.
Quando parei na Basílica de São João, que estava aberta(surpresa), os vi passar, me aproximei e conversamos um pouco. Segui com eles até a saída da cidade. No caminho observei uns jovens, novamente me aproximei, perguntei de onde eram. Da Dinamarca, uma família inteira, pai, mãe e 4 filhos, sendo uma menina. Não conversamos muito. Os fui encontrando ao longo do caminho, como outros peregrinos. Notei que poucos se dispunham a conversar. Estavam concentrados em si mesmos. Alguns sozinhos, outros de casal, de grupos, muitos rapazes, enfim, em princípio, não encontrei o espírito que reina no caminho francês! Ou pelo menos, o espírito, que ficou em minhas recordações.
O caminho, nesta etapa é 80 por cento asfalto. Tem umas estradas como N-634 e AS-231, sem nenhuma condição de se caminhar porque não tem área de escape. Sem sendas/caminho ao lado. Um grande perigo.
Passamos por bosques, áreas rurais, e até um rio, mas o principal é asfalto, calçada.
A sinalização é boa, até aqui. Só próximo a uma cidade, estava eu seguindo quando um espanhol me chamou a atenção que eu estaria na direção errada. Argumentei com ele, porém ele se foi pelo que considerava certo. Fiquei esperando aparecer outro peregrino para tomar minha decisão. Fomos para a direita e deu certo. Entendi que a decisão de esperar foi boa, não me precipitar e seguir adiante sem qualquer análise, como eu fizera em outros caminhos e seguira um peregrino afoito e adiante, percebendo o erro tive que retornar. Neste caminho, tem muitas subidas, não dá para arriscar. (rsrs).
Meus pés claro, queimaram muito, principalmente o direito e mais ainda quando abriu o sol por volta 12h. No final tive que usar a “papete”, senão, chegaria mal.
Para lojar-me, escolhi o Albergue “la Quintana “, que é jeitoso, mas tinha muita gente. E, quando cheguei o quarto já estava fedendo a chulé. Diante da coisa, mudei minha reserva para a etapa seguinte.
No trajeto, me senti feliz, sorrindo, só porque estava ali, caminhando, sentindo a brisa no rosto, o som dos pássaros, o ruído de meus passos, algumas vezes o silêncio. Muito prazerosa a sensação, um calorzinho no coração.
Obs: a noite no albergue não foi legal. O peregrino que estava a meu lado, no outro beliche, roncava, acordava várias vezes, levantava para ir ao banheiro, creio. O rapaz que ficou na cama de cima do beliche, onde eu estava, se mexia muito. Dormir dentro de um saco também não é confortável. Dormia e acordava. Despertei cansada e com as costas incomodando. Mas, após o café (que por sinal foi bom, com suco, yogurt, pão, cereais, tudo por 4 euros), veio a energia. A experiência acabou. Fiz reservas só para albergues/hotéis em quartos individuais. É preciso reconhecer alguns limites do corpo e da mente, eu sei que necessito de descanso, de silêncio para me refazer. Então, decidi atender minha intuição ou não teria prazer em fazer este que é um caminho muito du










Alberque La Quintana




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