quarta-feira, 7 de novembro de 2018


12. SERNADELO – ÁGUEDA (29/04/2018) – 24km

Cidades: Alpalhão, Aguim, desvio Anadia, Arcos, Alféloas, Avelãs de Caminho, S.João da Azenha, Aguadela, Aguada de Baixo, Landiosa, Sardão.
Saída as 07:10h e chegada as 13 horas.

Saí debaixo de chuva. No início caminhei por estrada de terra batida, porém depois só estrada de asfalto até Águeda. Encontrei peregrinos no caminho, dois italianos, um americano, uma holandesa e uma italiana. Mas, trocamos poucas palavras. Nesta etapa, até chuva de Granizo enfrentamos. Encontrei a holandesa, num restaurante em Águeda, conversamos um pouco mais e não mais a vi!!! O tênis molhou, mas troquei a meia e segui bem.
A cidade de Águeda é bonita, limpa, com bastante comércio. Muito agradável. Infelizmente, quando estive por lá, os guardas chuvas não estavam enfeitando a cidade. 

Reflexão: Doze dias caminhando. Até esta etapa, confesso que não apreciei muito o caminho português. Me pareceu bastante estressante, pois não é bem sinalizado, então fico ansiosa para encontrar e ver as setas; a maior parte do trajeto é por estradas/rodovias, o que nos faz caminhar no asfalto, com ruído de carros, caminhões, receio de ser atropelada, pois não tem quase acostamento na rodovia. Assim, não consegui refletir sobre nada. A preocupação constante com o caminho absorve todo meu pensamento. O que diferencia muito do caminho Francês que fiz em 2017, onde pude refletir sobre a vida, tomar decisões, apreciar a natureza. Mas, cheguei à conclusão que talvez eu estivesse merecendo este caminho (mais duro), para voltar a vida. Pois depois que me aposentei estou em uma zona de conforto. E, não é bom parar de querer viver!!
Claro, meus desafios foram maiores. Em razão de caminhar no asfalto, os pés aquecem e suam mais. Tive que comprar um tênis mais adequado ao clima e ao tipo de piso; trocar as meias (mais finas); andar de “papete” por três etapas (até sarar a bolha e chegar a Coimbra); livrar-me de duas blusas de frio (estava quente em Portugal e elas pesavam acabaram pesando). Mas, feitas as adaptações, continuei caminhando, pois queria chegar até Santiago de Compostela. 
Percebo que os peregrinos são diferentes também, não conversam muito, exceto os brasileiros que anseiam por se comunicar com todos.  Aprendizagens do caminho e vamos nos adaptando! O importante é ter prazer em tudo que aparece, mesmo que seja na dor!!! Tudo passa!




Albergue Mealhada - gostei decoração

Muitas nuvens carregadas

Arco-iris próximo saída de Sernadelo

Vários cruzamentos


Gostei nome da Fonte "Fonte do coito"

Linda vegetação na casa

Granizo






chegando a Águeda

Águeda

Águeda

Águeda







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