segunda-feira, 5 de novembro de 2018


ETAPA 1: LISBOA (PARQUE DAS NAÇÕES) – VILA FRANCA DE XIRA (18/04/2018) – 22,5 km
Cidades: Sacavém; Alpriate; Póvoa de Santa Iria; Alverca de Ribatejo; Alhandra

Sai do hotel (Hotel Convento Salvador no bairro de Alfama) por volta das 07:35h, caminhei até a estação de metrô, tomei o metrô e, por volta das 08:15h, desci no Parque das Nações, e dei início ao Caminho Central Português a Santiago de Compostela. A primeira seta “amarela” em direção a Santiago e “azul” para o Santuário de Nossa Senhora de Fátima apareceu próximo a torre Vasco da Gama. Perdi as setas próximo a cidade de Sacavém. Ao chegar próximo a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes (igreja de apoio aos peregrinos e onde poderia obter um carimbo), observei, de longe, que a porta principal estava fechada e, como tinha de cruzar a rodovia, decidi seguir em frente, o que se mostrou um erro. Resolvi então perguntar a um ciclista que passava e gentilmente parou para me dar explicações. O mesmo me orientou a seguir pela EN10, pois todos os peregrinos que se dirigiam a Fátima seguiam pelas rodovias, disse-me enfaticamente. Apesar de estar com o Guia do Caminho escrito por Antón Pombo, que mostrava um caminho alternativo, resolvi seguir a orientação do ciclista e segui uns 15 km por tal rodovia. Foi bem sofrido, porque a rodovia era bem movimentada, com caminhões pesados, carros muito velozes e, em alguns trechos sem acostamento (meus pensamentos só voltavam a São Paulo, onde eu evitava terminantemente fazer o caminho a Nossa Senhora de Aparecida porque segue por rodovia). Chegando em Povoa de Santa Iria, novamente pedi informações para encontrar o caminho alternativo, e desta vez tive sucesso. O caminho é paralelo a EN-10, chamado caminho do rio Tejo (é uma passarela de madeira), sem qualquer sombra, sem qualquer apoio (não encontrei bar para comprar água), muito fedido e com muitos mosquitos, que acredito eram pernilongos famintos, pois me picaram muito, especialmente próximo a Alverca do Ribatejo, onde tentei parar para descansar e, desisti, um “enxame”, atacou-me.
Na estação de trem de Alverca do Ribatejo, cruzei a estação de trem, para retornar a EN-10. Como estava cansada, com pés doloridos e, frustrada por ter errado o caminho, ter caminhado no asfalto quente, ter sido mordida por pernilongos, e faltando ainda 10km para chegar ao destino que planejara, decidi tomar um taxi para a cidade de Vila Franca de Xira. Não encontrei nenhum peregrino nesta etapa, talvez porque tenha feito o caminho errado, pois na pousada em que fiquei encontrei alguns.
Vila Franca de Xira, onde cheguei por volta das 14:30h, é uma cidade linda. Muito cuidada, limpa, parecia que chegará em uma cidade de contos de fadas. Após comer um BITOQUE (que descobri é prato típico em Portugal, muito parecido com nosso “bife a cavalo”), sai para conhecer a cidade. Fiquei com vontade de ficar um pouco mais. Porém tinha um caminho a percorrer.
Minhas conclusões nesta etapa, não deixe de ir até a Igreja Nossa Senhora dos Navegantes e dali tentar encontrar o caminho pelos bosques. Levar repelente e muita água.

 
Saída de Alfama/Lisboa

Próximo Torre Vasco da Gama/Pq.Nações/Lisboa


Ponte Vasco da Gama/Pq.Nações

Estradas - N-10

Caminho Paralelo a N10

Caminho do rio Tejo

Vila Franca de Xira. Um charme!!












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