ETAPA 2. VILA FRANCA DE XIRA – AZAMBUJA (19/04/18) – 18,4 km
Cidades: Carregado, Vila Nova da Rainha
Saída as 07:15 e chegada as 12:45h
Saindo de Vila Franca (Hostal DP Suites & apartamentos), segui por estradas secundárias (Estrada do Carril) e, a partir de Vila Nova da Rainha, por estrada de terra paralela a linha de trem. A quem eu pedia informações, só orientavam seguir pela EN3, inclusive o guia de Antón Pombo. Descansava sentada e triste por ter que caminhar pela EN3 quando observei dois peregrinos seguindo por outra rota, calcei as botas e resolvi segui-los. Não os alcancei, porém achei o caminho alternativo (a estrada de terra). Na altura de Estandal de Azambuja, eu deveria ter saído para a EN3, porém segui em frente e, topei com um caminho bem “esquisito”, com muito mato e sem viva alma, o que me deu um certo receio. Já estava tentando achar um jeito de cruzar a linha de trem, quando notei umas minúsculas setas (ufa... eram a amarela e azul), me enchi de coragem e prossegui, sai debaixo de um viaduto coberto pelo mato. O único ser vivo que encontrei foi um cavalo branco, que parecia me olhar incrédulo, pois só louca poderia estar caminhando por ali. O bom foi que sai próxima ao supermercado ALDI, que era vizinho ao meu alojamento na etapa o Hotel Ouro. O hotel é bom, mas fica na EN3, fora da pequena cidade de Azambuja. Não encontrei peregrinos nesta etapa também.
Sai para conhecer a cidade e, parei numa farmácia para comprar repelente, pois não aguentava mais os pernilongos. O atendente, notando que eu era brasileira, perguntou o porquê do repelente, ao explicar ao mesmo, ele disse que não tinha problemas, que eu poderia ser picada e não teria nenhuma doença, pois os pernilongos europeus eram imunizados. Sorri ao mesmo, pensei e disse-lhe educadamente, que eu preferia não ser mordida, sendo ou não os mosquitos imunizados. Eu...hein...cada maluco!!!
Na segunda etapa, já apareceu uma bolha no dedo mindinho do pé esquerdo, o que me perturbou muito. Também notei que o caminho português, partindo de Lisboa, não tem muita estrutura de apoio ao peregrino que vai a Santiago de Compostela, as setas sempre te levam a passar a margem das cidades, não pelas cidades. E, sempre seguem por Rodovias, o que machuca muito mais os pés. Senti muita falta da natureza, o que é exuberante no Caminho Francês (via Espanha).
Conclusão da etapa: Confesso que a frustração, por caminhar em rodovias, com carros passando em alta velocidade, o medo de ser atropelada, a bolha nos pés, o calçado inadequado para aquele tipo de piso, tudo isto me fez sentir muito mal.
Praça de Touros em Azambuja |
Azambuja |
Estrada paralela a linha do trem, para chegar em Azambuja |
Estrada secundária para chegar a Azambuja |
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