Caminho para Santiago de Compostela

7. FÁTIMA – CAXARIAS (24/04/18) – 21,2km

Saída as 08:30 e chegada por volta das 16 h

Sai do hotel Santo Antônio em Fátima, logo após o café da manhã. Como continuava sem o mapa e/ou guia da etapa, no dia anterior contatei o pessoal da Associação dos peregrinos de Fátima, para informar-me por onde sairia para Caxarias. O atendente foi muito gentil e me indicou que seria atrás da catedral, numa rotatória; e, inclusive me forneceu um site onde eu poderia ter no celular o trajeto. Bem, sai mais confiante, contudo... foi confiança demais, porque tomei uma estrada bem perigosa na saída e, dei uma rápida olhada no site e, achei que tinha memorizado o trajeto. Me distrai e esqueci das setas, quando me dei conta, estava no caminho errado, já andara mais de 5km. Parei num bar (sempre ajudam) e, duas senhoras confirmaram meu erro. Um senhor escutou e disse que poderia ajudar-me, pois sua filha morava próximo a tal rua que eu não vira. Eu, desconfiada de tudo, pensei. Porém as senhoras perceberam minha hesitação e disseram que o Sr. Mário era conhecido delas e eu poderia tomar a carona para voltar ao trajeto. Assim o fiz e de fato ele me deixou na rua correta para continuar o caminho. Ao despedir-me agradeci muito o “anjo” do caminho. Logo ao descer do carro encontrei uma peregrina brasileira, a Fátima. Ela disse-me que pensava estar no caminho para a cidade de TOMAR, então expliquei que seria outro trajeto e, que ela teria de ter observado na saída de Fátima, que tem outras marcações. A peregrina Fátima decidiu seguir o caminho comigo até Caxarias e, de lá decidiria o que fazer. Achei excelente, pois era agradável a companhia de outros peregrinos enquanto caminhava e, ajudava a enxergar as minúsculas setas que indicavam o caminho. Encontramos várias subidas e descidas, mais até do que esperava. Em Caxarias, logo que chegamos, fomos a Freguesia da Junta (uma espécie de subprefeitura local), porém não havia ninguém para colocar o carimbo. A Igreja, apesar de aberta, não tinha ninguém. Num bar em frente a Igreja, me passaram o telefone do pároco local, porém ninguém atendeu. Então, fiquei sem carimbo na credencial, neste destino.

Neste ínterim, Amélia, dona da casa onde me hospedaria foi buscar-me na estação. Ali me despedi de Fátima (Maria de Fátima Oliveira), que me informou tomaria um trem para outro destino. Entendi, pois ela sempre se hospedava em albergues e em Caxarias não há. Não a vi mais. Que siga em paz e muito feliz em seus caminhos!!!

Outro inconveniente na cidade, foi a falta de local para almoçar. Só encontrei lugares para tomar lanche. Novamente, entendi que para encontrar restaurantes que servissem almoço, teria de chegar antes das 14 horas nas cidades. Enfim, comi umas empanadas e voltei para a casa de Amélia e relaxei para o dia seguinte.