Caminho para Santiago de Compostela

terça-feira, 6 de novembro de 2018

4. SANTARÉM – GOLEGÃ (21/04/2018) – 31km

Cidades: Vale de Figueira, Azinhaga

Saída as 06:45 e as 11h, em Vale de Figueira, parei.

Sai cedo do Hotel Vitória, e com a indicação de uma atendente do posto de turismo de Santarém, que me orientou a cruzar uma ponte e seguir, logo após a descida da Porta de São Tiago. Foi o que fiz. Porém, ao parar para tomar um café e observando que ainda não tinha encontrado nenhuma seta, perguntei ao senhor do bar e, ele me disse que por ali seguiria pela rodovia. Como eu já estava cansada de rodovias, resolvi voltar e buscar as setas, logo após a descida da Porta de São Tiago. Eu realmente poderia ter sido mais atenciosa, pois ao retornar percebi que havia pequenas setas, logo após a descida da porta e ao cruzar a EN10. Enfim, conversei comigo para ficar mais atenta as minúsculas setas do caminho. A partir daí, cheguei a estação de trem, cruzei e achei as setas. Neste erro se foram 6km.

Segui e logo começou a chover! Botei a capa, mas não a calça permeável. Minha bota, que comprei como permeável, encheu de água. As setas me enviaram para o meio do nada. Assim, ao chegar na cidade de Vale de figueira, pedi arrego e entrei num bar e solicitei a senhora que chamasse um táxi para levar-me ao meu próximo destino.

Ao chegar em Golegã, a pousada “Casa Tia Guida”, ainda estava fechada. O taxista foi muito gentil e tentou ajudar chamando a proprietária, mas não teve jeito, só por volta das 14 horas, apareceu alguém para atender. Enquanto isto, fiquei num bar bem simples, próximo a pousada, toda molhada, aguardando. Almocei um prato chamado “barreada”, que leva carne de porco, arroz com feijão e batata. Me bateu uma dor de estômago. Claro que pensei que não era um bom dia para mim. Porém, após um banho e aquecer-me na pousada, sai para conhecer a bela cidade de Golegã, encantadora.

Acabei participando de uma missa na Igreja matriz, que é muito bonita com imagens feitas de azulejos azuis. O coral estava maravilhoso. Valeu!!!

Reflexão: Até esta etapa continuei sem achar muito encanto no caminho. O considero excludente com os peregrinos. As setas te fazem dar voltas em torno de campos agrícolas, sem nada para apreciar, a passar longe das cidades, e a natureza... bem distante.